Diretor: Eduardo Morera Elenco: César Fiaschi, Carlos Gardel e Inés Murray Estúdio: Estudios Valle Argentina, 1931
Entre 23 de outubro e 3 de novembro de 1930, Carlos Gardel filmou em Buenos Aires uma série de quinze curtas-metragens musicais.
Dos quinze, cinco foram danificados ainda no laboratório e se perderam – um desses foi encontrado nos anos 1990, mas, por estar muito deteriorado, nunca foi exibido. Os dez remanescentes estrearam a partir de 3 de maio de 1931 no cinema Astral, também na capital argentina, acompanhando a exibição de Luzes da cidade (City Lights, 1931), de Charlie Chaplin.
Os curtas são de grande importância histórica, pois, além de terem lançado a carreira cinematográfica do cantor (que até então só havia aparecido em um filme mudo, Flor de durazno, no longínquo ano de 1917), foram os primeiros filmes latino-americanos gravados com som óptico, pelo sistema Movietone.
São filmetes bem curtos e simples, que consistem basicamente no Morocho del Abasto cantando – há quem diga que foram os primeiros videoclipes da história. Viejo smoking é o mais elaborado, com um breve esquete em que Gardel é um homem desempregado que recebe uma nota de despejo por falta de pagamento. Em seguida ele interpreta a canção-título, de Guillermo Barbieri (um dos violonistas do seu conjunto) e Celedonio Flores.